Vendo livro "Caseiros e senhorios nos finais do século XX na Madeira - O processo de extinção da Colonia", coordenado por João Lizardo, sobre uma realidade omnipresente no Arquipélago da Madeira desde o século XVII até perto do final do século XX, que moldou não apenas os sectores produtivos, nomeadamente a Agricultura, a Silvicultura e a...Ver mais Pecuária, e a economia destas ilhas, mas também todo um conjunto de relações sociais, marcadas pelos laços entre o senhor da terra (o senhorio) e o cultivador (o colono), e cuja extinção só foi possível com a Revolução de 25 de Abril de 1974 e a consequente democratização do País.
"Desde o século XVII até perto do final de século XX, a Colonia consistia na forma de exploração da terra mais importante do Arquipélago da Madeira. Na sua origem, traduzia-se na cedência de um terreno para que fosse desbravado e agricultado sob a condição de entrega de parte da produção ao cedente, apesar do investimento e despesas correntes caberem ao cultivador que, em contrapartida, adquiria o direito aos melhoramentos que efectuasse, como se fosse seu proprietário. No entanto, ao cedente (“senhorio”) cabia o arbitrário direito de expulsar a qualquer momento o cultivador (“colono”), desde que lhe pagasse o valor desses melhoramentos (“benfeitorias”). Quer a desigualdade gritante na divisão dos produtos da terra face à inexistência de investimentos por parte do senhorio, quer a irrestrita possibilidade de decretar o despejo, levaram a um generalizado descontentamento por parte dos colonos e a uma profunda e persistente desconfiança entre ambos os lados. Entre as consequências deste regime, destaca-se que toda a paisagem foi moldada, construída e reconstruída por acção humana, mais do que seria normal, com importantes sequelas a nível da exploração agrícola, que se encontrava inteiramente dependente da rivalidade entre senhorios e caseiros." (João Lizardo).
Edições Afrontamento, 114 páginas. 1.ª edição, 2009.
Valor negociável quando adquirido com outros artigos.
Possibilidade de pagamento via PayPal.
Atenção: todas as vendas são finais.
Em caso de envio, ao valor indicado acresce:
- 3 euros para embalagem e portes de remessa em correio registado;
- 5 euros para embalagem e portes de remessa à cobrança/contra-reembolso (obrigatoriamente pagos antecipadamente, por transferência bancária ou PayPal).
Enquanto vendedor, é de todo o meu interesse que os meus negócios decorram da melhor forma possível, com mútuo benefício, pelo que insisto nos envios em correio registado ou, se fôr da vontade do comprador, em remessa à cobrança.
Por isso, não me responsabilizo por eventuais perdas e extravios, caso tais situações se verifiquem no envio por correio normal, sob expresso pedido do comprador.
Arte no Funchal